Este Grande Não-Saber

15.00 

de Denise Levertov,

Tradução: Andreia C. Faria e Bruno M. Silva
Editora: Flâneur
Edição: Fevereiro 2021

Descrição

Pudéssemos florir
para fora de nós mesmos, dando
nada imperfeito, nada retendo!

Denise Levertov

“Escritos ao longo dos derradeiros meses de vida de Denise Levertov, eles são, parece‑nos, o apurar tanto de uma visão da poesia como de muitos dos motivos trabalhados ao longo de toda uma extensa obra: a sacralidade das práticas familiares (“Momentos de alegria” ou “Orelhas de elefante”), a memória revigorante da infância (“Espíritos animais”), a vulnerável e concreta, mas também mitológica materialidade do corpo humano (a longa e prismática sequência “Pés”), a imponência da natureza (a massa volúvel de montanhas e lagos que irrompe em vários poemas, a minúcia animista de árvores e flores), o lamento ecológico (“Uma centena por dia”) e a surpreendente presciência quanto aos efeitos de fragmentação e erosão da memória ocultos sob o impulso tecnológico (“Alienação em Silicon Valley”), assim como a denúncia sem pejo de injustiças (o terceiro poema de “Pés” ou o amargo‑risível “O Paláciodo Poodle”).
Há ainda, nestes poemas, a cristalização de um olhar que, como que preparando‑se para morrer, regressa à lisura da infância, ao espanto primordial perante todas as coisas, de que o desarmante “Primeiro amor” é o epítome – o que os torna, cremos, na melhor introdução possível aos leitores de língua portuguesa dos temas e das intensidades de uma poeta maior do século XX norte‑americano.”

Do Prefácio, Andreia C. Faria e Bruno M. Silva

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