A Educação Europeia de Romain Gary conta a história de um jovem adolescente lituano polaco de 14 anos, Janek Twardowski, que vive refugiado na floresta e se junta a um grupo partisan para sobreviver e lutar contra a ocupação nazi.
E, na hora das trevas, de que educação europeia fala Gary? «A Europa teve sempre as melhores e mais belas universidades (…), elas foram o berço da civilização (…) mas há também uma outra educação europeia, a que recebemos hoje: os pelotões de execução, a escravatura, a tortura, a violação – a destruição de tudo o que torna a vida bela.», diz o chefe partisan Dobranski, um verdadeiro humanista num livro e num mundo onde quase ou deixamos mesmo de acreditar nessa humanidade. Que insustentável leveza esta…
Partilho convosco estas passagens do livro:
“A Stalingrad, les hommes se battent pour qu’il n’y ait plus de guerre”. Mais déjà elle savait que ce n’était pas vrai, que les hommes se battent jamais pour une idée, mais simplement contre d’autres hommes, que la forcé du soldat n’est pas l’indignation, mais l’indifférence, et que les vestiges des civilisations sont et seront toujours des ruines…”
“Le patriotisme, c’est l’amour des siens. Le nationalisme, c’est la haine des autres. Les Russes, les Américains, tout ça… Il y a une grande fraternité que se prépare dans le monde, les Allemands nous auront valu au moins ça…”
Inês Dias Gomes mora em Genebra, onde esta fotografia foi tirada, e trabalha no gabinete de publicações da Organização Internacional do Trabalho.
(A Inês leu a versão original editada pela Gallimard. Em Portugal a Educação Europeia é editada pela Sextante)