“Há dois livros do Afonso Cruz na minha lista de livros favoritos, este é um deles. Tenho-o sempre na mesinha da sala para eu e as pessoas da minha vida folhearmos. É um refúgio que sabe bem pegar e ler uma ou outra parte novamente. Humanidade, ingenuidade, ironia e imaginação em formato de um diário de uma menina que começou a ser escrito num dia 30 de Fevereiro. Nele, leio muito mais que as palavras escritas, leio o sol de Primavera da minha infância, leio a imaginação infantil que ainda tenho, leio também o lado bonito dos dias. O dia ao que mais volto é o 1 de Maio, que me diz “Todos os dias faço coisas estranhas, pois tenho medo do Instituto das Pessoas Normais.”, folheio-o mais um pouco, cheiro-o e pouso-o na mesinha. Foi-me oferecido no dia que, por façanha do acaso, comentei que este livro não se compra, mas que se recebe de presente. Não me lembro o dia ao certo, mas deve ter sido dia 30 de Fevereiro.”
Luís Félix, livreiro, escultor e designer (Ignoto – https://www.facebook.com/ignotodesign) e Félix, gato.
Local da fotografia: Casa dos Félix-Branco, um dos mais bonitos sítios do Porto.
O livro do Luís pode ser comprado aqui: Flâneur