Descrição
Fazemos uma viagem imersiva pela arquitetura de Manuel Botelho, percorremos uma parte significativa da sua obra construída. Quando, mais tarde, procuramos uma imagem-síntese, deparamo-nos com uma impossibilidade: mais do que uma representação de uma obra arquitetónica, estamos perante uma cidade, uma paisagem. Há aqui uma obsessiva exploração do desenho, do detalhe, de algo que em cada projeto é irrepetível e nos surpreende. Na materialização desta arquitetura notamos uma ideia de procura permanente. Volumetrias, planos, vãos, espaços de circulação e de pausa, texturas, campos de visão, luz. Mas há algo que continuamente nos escapa na tentativa de apreender esta realidade. Como na complexidade imensa de uma cidade, encontramos em Manuel Botelho um território de espanto.