Descrição
Já outro à hora de nascer. Dependa
díspar, nunca o calibre da luz, azar
me suje o colarinho. Aí escusa
a proximidade, a ruína cega perante
o múltiplo tijolo desde a anomalia
de se rever livre até às raízes,
até à poupança que ganhe à costa
uns centímetros de desassossego,
uma gotícula no oceano, um astro
penado, sósia da astúcia, ou o inquieto
estrondo que em si não se contenha.
Assombra e escolhe, a futilidade
à velocidade do vidro que esfaqueie.
Depois o erro, o ferro e o nada:
venal veneno que à vinda venha
à vinha, em vão, nessa barcaça rara,
muito rara, muito devagar
a ressaca a rarear,
na orla…
Rude de Rui Baião