Descrição
Esta abrangente colectânea que agora se publica, obra de uma vida, inclui, no fim, um livro inédito, dividido em três partes; uma “arte poética” (ou, antes, e de modo mais englobante, um “manual de construção”), intitulado, precisamente, “Construir”; uma “Evocação”, onde perpassam elegíacos fantasmas da infância, do amor, da guerra (sempre, e com que força!) e, por fim, uma terceira parte – “A Pedra e o Corpo” – convocadora desencantada de “uma pedra / Agora fria / De um corpo / Adiado já.” Os poemas, mais ou menos longos; os versos, breves ou brevíssimos. O máximo efeito, com o mínimo de recursos. Sempre. Como se recomenda no Eclesiástico (32.8): “Sê conciso no teu discurso: muitas coisas em poucas palavras; sê como quem sabe, mas se cala a tempo.” Assim faz o poeta, quando diz, dando voz à pena que faz a guerra.