Descrição
[…]a embrulhar peixe ou a servir de embalagem a castanhas assadas. Teriam, assim, morrido no dia seguinte ao da sua publicação. Simplesmente apeteceu-me prolongar-lhes a vida útil. Porque sim e também, se quiserem, porque, ao escrevê-los, senti muitas vezes que estava a cruzar a sempre frágil fronteira que separa o jornalismo da literatura.
São crónicas, textos de opinião, reportagens e, nalguns casos, nenhuma destas coisas ou todas elas juntas. Escrevi-as para o jornal onde aprendi e amadureci o ofício da escrita – o “Público” –, mas também para serem lidas aos microfones da Rádio Nova, para o guia do Porto 2001, do “Expresso” e para outras publicações. E espero que não macem quem se entretenha a passar-lhes os olhos por cima. A literatura a sério vem a seguir.