Descrição
Nova tradução, fiel ao texto original, que repropõe a essência deste e recupera as suas ilustrações.
«Mal Orlando abriu a janela, o seu rosto ficou iluminado apenas pelo próprio Sol, e decerto teria sido impossível encontrar outro que fosse tão sincero — ou tão melancólico. Feliz a mãe que gera um filho assim e mais feliz ainda a biógrafa que lhe narra a vida! Porque jamais terá de se preocupar e ir pedir ajuda a um poeta ou a um romancista. A um tal biografado, basta ir de façanha em façanha, de triunfo em triunfo, de cargo em cargo, e o escriba apenas tem de o seguir, e ambos alcançarão as alturas que desejam!»
«Escrevi este livro com mais rapidez do que qualquer outro, e é uma grande piada; acho, apesar disso, que é uma leitura alegre e fácil: umas férias de ser escritora.»
São estas as palavras que se podem encontrar numa das entradas dos diários de Virginia Woolf, datada de 18 de Março de 1928, e com as quais a autora se refere ao seu então recém-terminado Orlando: um livro escrito de um só fôlego — no breve espaço de cinco meses —, que se quis leve, divertido, absolutamente satírico e, acima de tudo, livre.
Obra virada para a modernidade, para o futuro, Orlando é um dos raros momentos em que a literatura, rompendo barreiras e o pudor de uma época, alcança a intemporalidade, para nunca mais se sentir datada ou ultrapassada na sua coragem, beleza e estilo. Recuperando o espírito com que foi escrita — ser leitura e divertimento —, a Cavalo de Ferro repropõe, com nova tradução fiel ao texto e ilustrações originais, um dos grandes romances de Virginia Woolf, sacudindo o pó e o peso do seu estatuto na história da Literatura.