Descrição
Um romance magistral sobre literatura, talento, comboios, compotas de groselha, ursos, vestidos de mulher, George Sand, política, século xix, absurdo, morte, solidão, escritores, crítica literária – e beleza.
O inglês Geoffrey Braithwaite – médico reformado e viúvo – atravessa o canal da Mancha e dirige-se a Rouen, a terra natal de Gustave Flaubert. A intenção é ver o papagaio embalsamado que serviu de modelo a Flaubert durante a escrita de um dos seus livros.
Mas o que é apenas uma viagem transforma-se, lentamente, numa lição maravilhosa e genial sobre o autor de Madame Bovary – o seu talento indiscutível, mas também os seus defeitos, manias, tiques insuportáveis, vaidades e medos -, sobre literatura, sobre o amor (entre Braithwaite e a mulher Helen, que morreu recentemente; entre Flaubert e Louise Colet), sobre o que falha e o que não tem sentido na vida, sobre os segredos que a rodeiam e lhe dão sentido.
Tudo para concluir que a vida verdadeira é a vida que vem nos livros. Porque é a única que se pode interrogar.