Descrição
Entre 2018 e 2021, o que mudou na nossa vida, o que transformou — para o melhor e para o pior — o nosso mundo? Neste livro, José Eduardo Agualusa reúne contos, crónicas e apontamentos diarísticos escritos (e publicados na imprensa brasileira e portuguesa) durante esse período. São textos que refletem os tempos estranhos, convulsos e um tanto misteriosos que temos vivido, ao mesmo tempo que procuram lançar alguma luz sobre os dias que ainda não chegaram. Caminhando entre a ficção e o ensaio, sem grande preocupação de respeitar fronteiras (pelo contrário, explorando a terra de ninguém que fica entre as fronteiras), O Mais Belo Fim do Mundo divide-se entre crónicas, contos e textos onde se fica nesse limite entre a atualidade e o futuro, entre o passado e os tempos em que refletimos sobre ele.
Assim, há a memória de livros que despertam uma recordação, viagens interestelares, pastores no deserto, árvores, filmes e música, vidas de escritores, a memória da covid, cidades que não se esquecem, generais que não gostam de guerra, gatos, a presença de pessoas cuja vida dava para um romance, viagens que já são impossíveis, hipopótamos no mar, medos que esvoaçam como fantasmas. Uma ideia sobre como, apesar das tragédias, o mundo não termina.