Descrição
«Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem à sua vontade, não em circunstâncias que eles próprios escolhem, mas noutras circunstâncias, preexistentes, dadas e transmitidas. A tradição de todas as gerações mortas preenche como um pesadelo os cérebros dos vivos. E é precisamente quando se entregam ao trabalho de revolucionar a sua existência e as coisas, de criar algo que não existia antes, é precisamente em tais épocas de crise revolucionária que eles conjuram a medo os espíritos do passado para os pôr ao seu serviço, pedindo-lhes de empréstimo nomes, gritos de combate, roupagens, para com esse venerável guarda-roupa de tempos antigos e essa linguagem de empréstimo apresentarem a nova cena da história universal.»