Descrição
Na transição do século XVIII para o século XIX, Macedo é o sintoma de uma doença, talvez a chaga mais visivelmente purulenta de um mal que roía o corpo social do país, entre o estertor de um regime antigo e as dores de parto de qualquer coisa de novo. É porque foi, ou quis ser, poeta, pregador, panfletário, político – e porque o foi, por vezes, com prolixidade e brilhantismo estonteantes – que Macedo se tornou a efígie do desconcerto de uma época que contém em si duas ou três vidas da história de Portugal.