Descrição
Se sentarmos um macaco a uma máquina de escrever por tempo indeterminado e sem limite, o animal acabará por conseguir escrever uma obra-prima da literatura à altura de Shakespeare ou de Cervantes. Isto diz a Teoria do Macaco Infinito. Pegando nesta tão extraordinária quanto absurda teoria, Marmelo escreveu uma metáfora sobre a criação: Paulo Piconegro é o dono paralítico (e não menos ressabiado) de uma casa de meninas; Wakaso é o negro chegado do outro lado do Mediterrâneo que o serve, um criado absolutamente disponível e servil, manso e eficaz como um eletrodoméstico. Maria do Socorro é a sua escrava sexual e a rapariga mais bonita do Bar Mitzvá. Piconegro planeou uma vingança cruel, concentrando em Wakaso o difuso ódio e a misantropia que até aí cultivara como a uma flor morta. Mas da sua condição de escravo de Piconegro agrilhoado à máquina de escrever horas e horas sem fim, Wakaso sairá vencedor.