Descrição
Além do texto de Ailton Krenak, a pandemia que paralisou o mundo é objecto de várias reflexões neste número da revista: do medievalista francês Jérôme Baschet («O que é que nos está a acontecer? Muitas questões e algumas perspectivas em tempo de coronavírus»), do ensaísta norte-americano David Watson («Reflexões sobre o meu ano da peste»), do colectivo Indigenous Action («Repensar o apocalipse: manifesto indígena antifuturista») e de Jorge Leandro Rosa («Decrescimento e Anarquia: articulações do decrescimento abrupto e da reinvenção do anarquismo»). Destaca-se ainda uma extensa entrevista aos cineastas João Salaviza e Renée Nader Messora sobre o seu trabalho no Brasil com a comunidade indígena Krahô.
As actuais circunstâncias de desastre sanitário sine die surgem correlacionadas com o «Colapso da modernização», ensaio de Bruno Lamas, com o desenvolvimento do capitalismo da vigilância em «A vigilância vigia-se a si mesma», de Maria de Magalhães Ramalho, com «5G, consolidando o mundo totalitário», de Sales Santos, e ainda com «O défice de natureza na era digital», uma documentada reflexão do naturalista Paulo Barreiros.
Inclui separata de 52 páginas («A propósito da Viagem Zapatista pela Vida – Europa, 2021»), o caderno colectivo «Ocurso de Alberto Pimenta» (100 pp.), dedicado à sua obra poética, o caderno a cores «Gularia de Pintura & Desenho» (com trabalhos dos pintores José Miguel Gervásio, José Feitor, Miguel Carneiro, Ruca Bourbon e Sophia Bonnot), a rubrica satírica «Falta de Luz», um diversificado conjunto de poemas e a secção «Notas de leitura & outras».