Descrição
Saudado pela crítica como um passeio (im)pertinente e inconformista pelo século passado, Europeana (2001) tem por propósito dar-nos uma amostra da invariável estupidez humana ao longo de cem anos.
Tempo de panaceias universais, de alianças entre a tecnologia e o mal e de histeria colectiva, o século XX de Europeana, à luz das estatísticas de um narrador frenético, converte-se num negro burlesco, numa grotesca enumeração de tirar o fôlego, em que coexistem a revolução bolchevique, barbies e a cientologia.
No fim, fica a pergunta: terá este bárbaro século realmente terminado?
Na senda de Bouvard e Pécuchet, de Flaubert, da falsa ingenuidade de Cândido, de Voltaire, e num estilo à Kurt Vonnegut, Europeana realça a vacuidade dos lugares-comuns e dos estereótipos e o autoritarismo dos discursos do saber, para melhor os combater.