Descrição
Espectadores e Públicos Activos desafia a pensar o espectador e o público como entidades que resultam das acções e das expressões que se lhes dirigem, se emocionam, avaliam, exprimem opiniões e revelam. A perspectiva adoptada – de inspiração pragmatista, mas também, em parte, fenomenológica e hermenêutica – é que não existe espectador ou público que preceda as condições em função das quais se constitui. Um e outro sofrem uma experiência, formam-se nas situações de recepção e resultam de actividades, não sendo entidades passivas. Os públicos advêm do diálogo, do encontro de interesses, do sentimento de pertença a um colectivo: leitores de um mesmo jornal, ouvintes de um mesmo programa de rádio ou género de música, espectadores de um mesmo programa televisivo ou de teatro, públicos activados por ocasião de um acontecimento mediático, de um evento ou exposição. Formam comunidades de interpretação, significação ou de gosto, públicos de um género de expressão artística ou públicos que reagem a um problema. Nas redes digitais são públicos-utilizadores; o espectador(-utilizador) é afectado numa lógica de recepção e é instigado a tornar-se produtor, emissor, criador.