Descrição
A obra de Carlos Díaz Dufoo (Filho), tão admirada quanto pouco conhecida, serviu-se de uma linguagem cheia de descobertas e correspondências para aprofundar as brechas do racionalismo e denunciar o viés cientificista que determina as experiências humanas. As formas breves que encontram lugar nestes Epigramas, uma pequena obra-prima da inteligência ainda inédita em Portugal, foram escritas e amadurecidas ao longo de anos, num processo que uniu o rigor filosófico e a intuição poética. Máximas e aforismos transparentes convivem com sofismas e parábolas de genuína eficácia narrativa num tom de ironia desencantada, do qual não se ausenta a melancolia.