Descrição
Neste elogio de si mesma, a Loucura apresenta-se sob a forma de uma mulher dirigindo-se a um auditório composto por toda a Humanidade, expondo ao ridículo os vícios e as manias da sociedade do período que corresponde à transição da Idade Média para o Renascimento. Todas as baixezas são impiedosamente elencadas, para gáudio da sua mentora, a inultrapassável oradora deste discurso, a quem todos, de uma maneira ou de outra, prestam tributo e vassalagem.
Numa prosa tão rica quanto sarcástica, a Loucura celebra a juventude, o prazer e a embriaguez, ao mesmo tempo que critica as pretensões e fragilidades humanas, sobretudo as do clero.