Descrição
Argélia, 1956.
Uma bomba que nunca viria a detonar é deixada numa fábrica, destinada a causar estragos e não a reclamar vidas, num acto simbólico.
Um operário revolucionário e idealista, que sonha com um país livre e se opõe à violência cega, é denunciado.
Detido e torturado, Fernand Iveton (1926-1957) seria o único pied-noir condenado e executado pelo Governo francês durante a Guerra da Argélia: um castigo que se pretendia exemplar e um aviso a todos os europeus que ousassem tomar o partido dos colonizados.
França, onde Iveton conhecera o amor da bela Hélène, que o acompanharia até ao fim dos seus dias, silenciaria a voz do dissidente, mas nunca a esperança colectiva de uma futura nação.
Dos Nossos Irmãos Feridos (2016), num estilo de tirar o fôlego, retrata os últimos dias de Fernand Iveton e relembra que por vezes é a ficção que traça os veredictos mais justos, quando a justiça dos homens se revelou indigna.