Desejar Desobedecer

30.00 

de Didi-Huberman
Editora: KKYM
Edição: Junho 2025

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Descrição

Nesta obra, tratam-se levantamentos notáveis, como a rebelião francesa (os 8.528 levantamentos precursores da homónima revolução), as sublevações operárias (criticamente enquadradas por Marx e Kropotkin, Lenine e Bakunine), as revoltas das plebes (os «sem-cuecas» e a Comuna de Paris, os movimentos Occupy e da Praça Tahrir no Cairo), a sedição dos escravos (Frederick Douglass, o Haiti de Toussaint Louverture, que A. Césaire e A. Breton saudaram), a insurgência dos povos indígenas (os zapatistas no México e os índios do Paraguai que P. Clastres estudou, recordam-se os Apaches e os Incas do Peru), os movimentos anti-coloniais, a resistência judaica no gueto de Varsóvia, a intifada e o muro com que Israel encarcera os palestinos, as lutas feministas, as insurreições situacionista e alter-mundialistas. Considera-se o cinema de Sergei Eisenstein e Jean Vigo, de Chris Marker, obras de Goya e uma ampla panóplia de panfletos e «borboletas». Eis um raro panorama da potência dos levantamentos que se contrapõe às formas históricas e contemporâneas do poder. Panorama essencial para a compreensão das relações profundas e dialéticas, entre a memória e o desejo, subjacentes aos levantamentos, aqui interrogados nas suas dimensões políticas e estético-culturais.

Discutem-se os pensadores do comunismo e do anarquismo, Hegel e Kant, A. Césaire, F. Fanon e A. Mbembe, A. Breton e a «revolução» surrealista, o insurgente de todos os azimutes G. Bataille, Garcia Lorca e o seu duende, T. W. Adorno e a sua Teoria Crítica, G. Debord e a Sociedade do Espectáculo, G. Agamben e o seu opus filosófico, A. Negri, J. Butler, H. Arendt, a liberdade, a coragem, a brecha entre o passado e o futuro, M. Blanchot, J.-L. Nancy, H. Michaux, e, em novas perspetivas, A. Warburg, W. Benjamin, G. Deleuze, M. Foucault, L. Binswanger e S. Freud, para quem, conforme J. Lacan assinalou, «a génese da dimensão moral não se enraíza noutro lugar senão no próprio desejo», e cujo exemplo se exprime no «estrépito de Antígona», levantamento antigo que exprime toda a sua incandescência política.