Crónica da casa futurante e outras viagens no tempo

12.00 

de João Barrento
Editora: Mariposa Azual
Edição: Julho 2022

Descrição

Crónica da Casa Futurante e Outras Viagens no Tempo reúne um conjunto de seis crónicas de viagens no espaço e no tempo, ao longo da vida do autor. Desde “os dias da luz e da cal” no Alentejo da sua infância, passando por algumas cidades europeias onde a vida, a história e a literatura constituem um mapa em múltiplos sentidos, que João Barrento leu, e tantas vezes nos deu a ler.

Crónica da Casa Futurante – Uma viagem no tempo – “Não sei quantas vezes me encostei a estas paredes para apanhar o primeiro sol da Primavera. Não sei quantos golos sofri neste portão-baliza, nem quantas defesas fiz (…).”

Trieste: Uma cidade de papel – A cidade que pode ser lida como “(…) uma metonímia de toda a problemática da Mitteleuropa. A minha Trieste é, porém, um mapa muito mais amplo do que o das reminiscências rilkeanas ou das melancolias da Minima Moralia de Adorno. É, antes, uma carta com manchas esparsas de memórias de vivências e leituras (…).”

A Outra Veneza – Flânerie em registo pobre – “A Veneza ia-se em tempos, não para ver, mas para ser feliz (…).”

Viena 1900-2006 – “Talvez nunca tanto tenha nascido num só lugar e para durar tanto tempo. (…) Viena nunca foi moderna como outras capitais europeias dos Modernismos, foi até refractária ao seu espírito, mas com espíritos da grandeza de Hermann Broch ou de Karl Kraus, de Musil, de Wittgenstein ou de Adolf Loos, de Freud ou de Mahler.“

Ibiza, a ilha perdida – Uma Viagem Imaginária – “A minha viagem a Ibiza, onde nunca estive, é puramente imaginária, seguindo o rasto dos lugares do problemático refúgio, nessa ilha das Baleares, de um autor como Walter Benjamin (…). As cartas e os textos escritos por Walter Benjamin durante duas estadas em Ibiza foram o meu guia para uma ilha vista nesses anos como arcaica e intocada pela civilização.“

As Pedras Vivas de Tibães (e as pedras ressuscitadas do Bouro) – ” Venho de Tibães, estou em Santa Maria do Bouro e penso nas suas pedras. Cada pedra tem aqui um especial significado e conta a história de um processo anti-alegórico.“