Descrição
Este livro articula-se em torno das relações entre a imagem e o corpo. Partindo da ideia de que a imagem, num sentido lato, constituiu historicamente uma forma de protecção do corpo, analisam-se os modos como as tecnologias, primeiramente a fotografia e o cinema e depois as digitais, vieram perturbar essa relação, originando um duplo fenómeno: o descolamento das imagens que passam a circular livre e desencontradamente, e a sua hibridação com o imaginário teológico, estético e técnico. Surge assim uma nova plasticidade que está a pôr em crise a noção clássica de corpo, política e juridicamente decisiva. A segunda parte é dedicada ao diagnóstico desta crise, de cuja apreensão depende a possibilidade de uma resposta minimamente digna e humana.