Descrição
Em Coração Lento, assistimos ao afinar meticuloso da linguagem poética, um monumento de cujas ruínas se reergue a paisagem em chamas desse lugar onde, a custo, tentamos sempre voltar. Frederico Pedreira, no seu livro de estreia na Assírio & Alvim, constrói esse caminho de volta como se as suas palavras fossem cristais de sal:
Mocho malabarista, rodeado de santaria,
trata-me, digamos, com carinho, e ao
voltares as páginas da minha heráldica, não
digas um dia, quando a biblioteca estiver calada:
— não se aproveita nada desta ninhada.