Descrição
«As imagens da infância determinam toda a relação com as obras da sua vida. Agustina junta as duas mãos, entrelaça os dedos, forma uma concha, e no vazio aprisiona o tempo — o seu laboratório, onde recupera o passado, pois sem ele o presente não existe, e aí guarda o segredo da imortalidade. Às vezes acontece, surpreende-se a sonhar com os olhos fitos nas veias azuis das suas mãos, os dedos vão-se desligando, abre-se uma fissura, e Agustina entra num outro tempo, o da existência no sonho, no mito, no conto.»
Do Prefácio de Mónica Baldaque