Descrição
Esta manhã fui ao fundo de mim.
Pressentia um silêncio semelhante ao de um armazém abandonado, mas
[em mim jaziam certas, algumas palavras: «Bom dia», «Felicidade!»,
[«Saúde».
Mentiam.
Esta mesma manhã, ouvi a mais falsa das palavras: «Viver.»
Ah, as palavras hábeis na vacuidade da tristeza.
Eu
amo outras palavras: as palavras imóveis.
Ferve na minha língua a sua verdade alheia aos significados.
Que quietude em si mesmas, que pureza.