Descrição
Estes pequenos livros, que se podem ler numa viagem de comboio ou numa mesa de café, pretendem emitir um sinal luminoso, sentidos de pensamento, fulgurações de palavras. Como os enigmáticos e distantes pulsares. O simbolismo tem, doravante, o seu lugar marcado na história literária do nosso país. É, com o romantismo, a manifestação mais séria da arte no século XIX. Nos jornais, uma imensidão de artigos, alguns hostis, outros simpatizantes, dão testemunho da sua vitalidade.
O Dictionnaire Larousse, a Nouvelle Revue, a Revue des Deux-Mondes mantêm-se informados sobre ele. Pareceu-nos interessante reconstruir as linhas da frente das primeiras batalhas simbolistas. Para isso, dirigimo-nos ao Sr. Jean Moréas, pedindo-lhe que nos autorizasse a reimprimir alguns dos seus manifestos, que, conforme estamos lembrados, obtiveram uma grande repercussão há alguns anos.
O autor das Cantilènes (Cantilenas) teve a amabilidade de acolher a nossa solicitação, numa carta cheia de verve, que o leitor encontrará já a seguir. Excertos de crónicas dos Srs. Paul Bourde e Anatole France completam esta brochura que, ousamos esperar, será um deleite para os curiosos das letras.