Descrição
Um humor à inglesa, por um francês. Para ler com um sorriso nos lábios.
Em 1925 o Oriente estava na moda. Os primeiros transatlânticos de passageiros tinham posto as grandes distâncias a salvo dos solavancos das diligências e do fumo dos comboios; substituíam-nos por uma vida tranquila de hotel marítimo, por uma agitação mundana de termas de luxo embaladas pela oscilação das ondas. Muitos europeus aproveitaram esta deslocação mais cómoda para se confrontar com o exotismo oriental; para verem ao vivo o que tinham dentro de si mitificado pelas leituras e pelas pinturas dos orientalistas.
Francis de Croisset também cedeu ao apelo das viagens exóticas; e, na ocasião aqui em causa, com rápida paragem na Índia mas prolongada descida um pouco mais ao sul, ao exotismo vegetal do Ceilão — ou do Sri Lanka, ou da Trapobana, como lemos em Camões. Uma passageira do mesmo barco recordou-o para memória póstuma: «Homem magro, agradável e nervoso, terrivelmente inglês, e que descia em cada porto com uma nova conquista.» Terrivelmente inglês… Encontrá-lo-emos assim nesta viagem, a olhar para ingleses com a ironia de um olhar britânico… expressa em palavras por um francês.