Descrição
O Robinson Crusoe de José Gardeazabal espreita por cima dos ombros do Robinson de Daniel Defoe, e com ele põe a salvo dos escolhos do seu naufrágio “alguns livros escritos em português” e, acompanhado desse oportuno Sermão de Santo António aos Peixes e outros textos de Padre António Vieira, espanta-se e reflecte sobre a solidão e a ilha, a chamada civilização e o outro, a memória da família e a intuição do mal.
José Gardeazabal é um escritor português cuja obra atravessa múltiplos géneros literários, incluindo teatro, poesia, romance, prosa curta e literatura infantil. A sua escrita apodera-se da filosofia, da política e da poesia, combinando-as com um método que mescla profundidade e ironia para encarar de frente a contemporaneidade. Explora territórios como a família e o eu, o amor e a sexualidade, as migrações e a diferença, a condição do mundo, a história e as penas do Ocidente. Publicou três peças de teatro, Televisão, Regras Para Fotografar Animais e Cinema Mudo, reunidas no volume Trilogia do Olhar. Foi distinguido com o Prémio de Poesia INCM/Vasco Graça Moura pela obra História do Século Vinte, e Penélope Está de Partida recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para Melhor Livro de Poesia de 2022. Publicou sete romances, entre os quais A Melhor Máquina Viva, A Mãe e o Crocodilo e Origami, e foi finalista de prémios como o Oceanos, Correntes d’Escritas, Fernando Namora e SPA para Melhor Romance.
A peça de teatro As Leituras Portuguesas de Robinson Crusoe marca a sua estreia nas edições fauve&rouge.