Descrição
A poesia de João Luís Barreto Guimarães oscila, sempre, entre a contemplação da História, a ironia sobre as coisas comuns e quotidianas, a transformação dos sentimentos em meditação sobre a passagem do tempo, a construção de um universo próprio com as suas personagens, obsessões e descobertas. Ao mesmo tempo, o autor encetou há muito a busca de uma linguagem única e de uma forma singular no panorama da poesia portuguesa e europeia.
Publicada em várias línguas (do espanhol ao inglês, do croata ao polaco e ao italiano), a sua obra oscila, de um lado sobre a melancolia; do outro, com a ironia – como os grandes poetas da tradição europeia, de Cesário Verde a Philip Larkin, por exemplo, sem ficar preso às fronteiras de uma lírica confessional.
Neste livro evocam-se os dias «do fechamento», mas também, finalmente, aquilo que está «aberto todos os dias» – aberto o livro, aberto o mundo -, aquilo que permanece vivo apesar das pandemias, do esquecimento ou da banalidade. Um grande e auspicioso regresso.