Descrição
«Gosto do impensado, do incerto; atrai-me o desconhecido; o encanto do livro que não se leu e da partitura que nunca se ouviu. Não compreendo a existência das pessoas que se levantam todos os dias à mesma hora e comem o cozido no mesmo sítio. Se fosse rica, não tinha casa. Uma mala grande e sempre em viagem. Detendo-me onde me agradasse, fugindo do enfadonho […] aspirando o aroma das coisas sem as analisar. Fazer um palácio com cemitério e tudo para viver e morrer no mesmo lugar parece que nos torna iguais aos moluscos.»
«Autobiografia», em Prometeu — Revista Ilustrada de Cultura, Agosto de 1909.