Descrição
constrói-se aqui a fábula da violência e
da separação que ignorámos permanentemente
porque não conseguimos impedir o frio e a revolta
que ainda ecoa na magnitude dos mitos:
uma música impronunciável
[os olhos dentro das suas órbitas fulminantes:
elipses imóveis
dentro das cavidades
como se fossem metáforas líquidas
de determinados vocábulos enfáticos
que sangram dentro da boca
numa densidade magnética:
é o início da poesia]