A Palavra Imperfeita – Escritos sobre artistas contemporâneos

28.00 

de David Santos,

ISBN: 9789898834874
Edição ou reimpressão: 10-2018
Editor: Documenta
Idioma: Português
Dimensões: 151 x 208 x 45 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 992
Tipo de Produto: Livro

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Descrição

Este livro representa um olhar retrospetivo sobre o que, ao longo de vinte anos (iniciados em 1996), entre a crítica de arte e o exercício da curadoria, julguei ter a dizer sobre a arte que me assaltou os sentidos e a mente.

CRÍTICAS
«São artigos, pequenos ensaios ou escritos sobre arte e artistas contemporâneos que a vida foi cruzando ao meu olhar, ao meu desejo de interpretar ou valorizar por palavras.
Desse modo, a narrativa do olhar ou da observação apaixonada marca um desequilíbrio aqui plenamente assumido, pois a palavra, essa expressão linguística afinal sempre incompleta, não desiste, porém, do jogo e da significação.
Como escreveu Bernardo Soares no seu Livro do Desassossego: «Sabemos bem que toda a obra tem que ser imperfeita, e que a menos segura das nossas contemplações estéticas será a daquilo que escrevemos. Mas imperfeito é tudo, nem há poente tão belo que o não pudesse ser mais, ou brisa leve que nos dê sono que não pudesse dar-nos um sono mais calmo ainda. E assim, contempladores iguais das montanhas e das estátuas, gozando os dias como os livros, sonhando tudo, sobretudo, para o converter na nossa íntima substância, faremos também descrições e análises, que, uma vez feitas, passarão a ser coisas alheias, que podemos gozar como se viessem na tarde».»
[David Santos]

«David Santos, no curso destas duas décadas, tem sido explícito nas referências a um pensamento pós-estruturalista da história da arte e do domínio filosófico. Longe de se refugiar num inominado território sob pretexto de independência e originalidade, que sabemos ser marca da ausência de ideias, convoca abertamente as problematizações desses historiadores e críticos do círculo da October para estabelecer rearticulações e produzir significações suscetíveis de ativar as potencialidades críticas que efetivamente aprecia na leitura das obras que elege.
Nestes seus escritos torna-se notório o privilégio de uma implicação com a dimensão social e política do fazer da arte.»
[Pedro Lapa]