Serotonina

19.95 

de Michel Houellebecq,

ISBN: 9789896657734
Edição ou reimpressão: 05-2019
Editor: Alfaguara Portugal
Idioma: Português
Dimensões: 151 x 233 x 19 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 280
Tipo de Produto: Livro

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Descrição

Romance lírico, irónico, cruel, cirúrgico e profético, Serotonina é uma radiografia do futuro que nos espera, atravessada pelo olhar sempre provocador de Michel Houellebecq.

Florent-Claude Labrouste tem quarenta e seis anos, é funcionário do Ministério da Agricultura e detesta o seu nome. Divide o apartamento na periferia de Paris com Yuzu, a namorada japonesa, muitos anos mais jovem. Cínico, profundamente desesperançado e intimamente só, tudo lhe parece insuportável: a França está à beira do precipício, a Europa ameaça ruir, a sua vida é um beco sem saída.

A descoberta de uns vídeos comprometedores da namorada, que ele planeava há muito abandonar, leva-o a despedir-se de muito mais: deixa o emprego, a namorada e a casa, e aluga um quarto de hotel. Dedica os dias a divagar e deambular pelos bares, restaurantes e lojas da cidade. E descobre Captorix, um antidepressivo que liberta serotonina e lhe devolve a possibilidade de aguentar o dia-a-dia mas lhe rouba aquilo que poucos homens estariam dispostos a perder.

Aproveita a ruptura radical para rememorar o passado: as aspirações e ideais de jovem agrónomo; as relações amorosas, de fim desastroso; a nostalgia de um amor perdido; e o reencontro com um velho amigo aristocrata, que o ensina a manusear uma espingarda. Entre passado e futuro, é-lhe forçoso contemplar, com uma feroz acidez, um mundo sem bondade, desumanizado, atingido por mutações irreversíveis.

Com Serotonina, romance-profecia de um futuro pouco perfeito, Houellebecq reafirma-se uma vez mais como um cronista impiedoso da decadência da sociedade ocidental, um escritor indómito, incómodo e por isso imprescindível.

CRÍTICAS
«O que impede de ler os livros de Houellebecq e ver os filmes de Lars Von Trier é uma espécie de inveja. Não porque inveje o seu sucesso, mas porque ler esses livros ou ver esses filmes obrigar-me-ia a contemplar o quão excelsa pode ser uma obra e o quão inferior é o meu trabalho.»
Kark Ove Knausgård
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Houellebecq tem a capacidade de transformar lugares-comuns em perfeitas comédias. Adorei esta leitura.»
Sunday Telegraph

«Serotonina tem lugar para fragmentos de uma grande piada, reflexões absolutamente pertinentes e, como tantas outras vezes, Houellebecq abre portas inesperadas. (…) O que escreve o autor sobre a arte de já não se ser amado, como sobre aquele que sobrevive às suas tragédias sentimentais, é tocante de simplicidade e justeza. Houellebecq toca, remói, atormenta as nossas certezas.»
Público

«Michel Houellebecq pode bem ser o romancista mais interessante dos nossos tempos.»
Evening Standard

«Houellebecq conseguiu mais uma vez. Tem um olfacto indiscutível para captar aquilo a que os alemães chamam o zeitgeist: o espírito dos tempos.»
El País

«Um romance demolidor, apesar de na sua escuridão cintilar uma esperança. Houellebecq é um autor de génio.»
El Mundo

«Um livro que mostra um novo Houellebecq, um homem que acredita pelo menos na possibilidade de felicidade.»
Der Standard

«O escritor Michel Houellebecq é incapaz de escrever um romance que não infrinja regras ou em que a provocação esteja ausente. Serotonina, o seu novo livro, não escapa à tradição.»
Diário de Notícias

«Um livro de sonho no panorama actual da literatura francesa.»
Paris Match

«Houellebecq assina um grande romance de um homem em risco de morrer de tristeza, numa civilização à beira do colapso.»
Elle

«Um livro sofisticado, urticante, dramático e ao mesmo tempo ligeiro, que põe a política no centro da vida de um homem.»
Marianne

«De um realismo absoluto, nunca ninguém foi tão longe na representação do real.»
France Inter

«Está entre os melhores romancistas contemporâneos e é um dos poucos que arrisca perscrutar com previsão cirúrgica o desaire global em que estamos imersos.»
Io Donna

«Entre, caro leitor, na escuridão da terra de amanhã e empreenda a viagem rumo ao fim da noite.»
Der Spiegel