Poemas

24.00 

de Bertolt Brecht,

Tradução: António Sousa Ribeiro, Paulo Quintela
EAN: 9789897833533
Data de Publicação: 09/2023
Nº de Páginas: 504
Formato: 15,3 x 23,3 x 3,25 cms
Acabamento: Capa mole
Peso: 735 gr

Descrição

TRADUÇÃO (DO ALEMÃO) DE PAULO QUINTELA.

ORGANIZAÇÃO E POSFÁCIO DE ANTÓNIO DE SOUSA RIBEIRO.

“A presente edição inclui, além do acervo de Poemas e Canções e dos poucos poemas publicados depois desta colectânea, todas as traduções inéditas em vida do tradutor. Não pode, evidentemente, afastar-se a hipótese de que, a terem sido preparadas por Paulo Quintela para publicação, as versões portuguesas dos textos de Brecht pudessem ter sido ainda sujeitas a uma mais ou menos profunda revisão. A verdade, porém, é que o já referido estado dos manuscritos, quase sempre integralmente limpos de emendas, rasuras ou outras anotações, bem como a circunstância de os poemas publicados em vida do tradutor reproduzirem quase sem alterações a versão manuscrita encontrada no espólio, legitimam plenamente o trazer a público do vasto conjunto de traduções deixadas inéditas.”
[Do Posfácio de António Sousa Ribeiro]

SOBRE O AUTOR:
“Bertolt Brecht nasceu na Alemanha, em Augsburgo, em 1898, filho de um industrial, estudou Medicina, e serviu na Primeira Guerra Mundial nos serviços de saúde. As suas primeiras peças de teatro importantes datam de 1922, e são violentamente expressionistas. Os seus poemas, misturando níveis de linguagem muito diversos, que o poeta trata ironicamente, e imitando canções de cabaret ou baladas populares, ou parodiando estilos ‘respeitáveis’ como o dos hinos religiosos protestantes, foram primeiro coligidos em Die Hauspostille (Livro de Devoções Domésticas, 1927). O uso de canções no seu teatro, pratica-o primeiro nesse ano em Mann ist Mann (Um Homem É Um Homem), e tornar-se-á uma das principais características das suas peças.
Em 1928, a Dreigroschenoper (baseada na peça setecentista inglesa The Beggar’s Opera, de John Gay), com música de Kurt Weill, culminou a sua fase expressionista. Nesse ano de 1928, Brecht casou-se com a actriz Helene Weigel e aderiu ao socialismo e à literatura militante. Fugindo ao nazismo em 1933, primeiro para a Dinamarca e depois (1940-41), através da Suécia e da Rússia, para os Estados Unidos, neste país se fixou. Entretanto, desenvolvia a sua teoria do ‘teatro épico’, e compunha diversas peças de ataque ao nazifascismo. Em 1941, estreou-se em Zurique uma das suas maiores peças: Mutter Courage und ihre Kinder, que representa, com Galileu, o Círculo de Giz Caucasiano, etc., a sua fase final de dramaturgo. Em 1947, nos Estados Unidos, onde continuava, foi visado pelo furioso anticomunismo macarthista, e chamado a depor ante a Comissão de Actividades Antiamericanas, do Senado. Voltou então à Europa (Zurique), e nos fins de 1949 fixou-se em Berlim Leste, quando aí se fundou a célebre companhia Berliner Ensemble (com a sua mulher como primeira figura), para exemplificar os seus princípios do Teatro Épico. Em 1950, continuando a viver em Berlim Leste, Brecht naturalizou-se austríaco, e na capital da Alemanha Oriental morreu em 1956. Considerado um dos maiores dramaturgos do século xx, Brecht foi também um grande poeta, quer na poesia que escreveu a vida inteira, quer nos poemas que intercalou — como outros passos em verso — nas suas peças; e, em alemão, a sua importância e influência como poeta veio, com Trakl e Benn, a transcender a de Rilke.” [Jorge de Sena]