Homens Imprudentemente Poéticos

16.60 

de valter hugo mãe,

ISBN: 978-972-0-04886-8
Edição ou reimpressão: 09-2017
Editor: Porto Editora
Idioma: Português
Dimensões: 152 x 235 x 17 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 216

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Descrição

Num Japão antigo o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente.

A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino.

Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres.

Valter Hugo Mãe prossegue a sua poética ímpar. Uma humaníssima visão do mundo.

Uma luminosa parábola que fica a reverberar muito tempo depois.
José Tolentino Mendonça

As fascinantes personagens deste romance vivem num Japão que é ao mesmo tempo mitológico e íntimo, criado pela imaginação prodigiosa e profundamente poética do autor.
Richard Zimler

Pasmo com a facilidade com que Valter Hugo Mãe transmuta a língua portuguesa (e não me refiro apenas a o remorso de baltazar serapião), como lhe imprime uma elasticidade de que a julgávamos desprovida, encontrando-lhe novos ritmos, inventando-lhe novas imagens, produzindo-lhe toda uma outra semântica.
Adolfo Luxúria Canibal

CRÍTICAS DE IMPRENSA
Viajei há pouco para o Japão antigo que o Valter Hugo Mãe inventou para o romance Homens Imprudentemente Poéticos e entusiasmei-me deveras. É o mais delicado dos livros do Valter, entretecido com o gesto preciso e paciente de um artesão – aquele que, na definição que está no próprio livro, devolve os materiais à vocação que eles detêm por natureza. Nele o Valter parece um menino a inventar jogos com palavras: uma criança a inventar um Japão falso pelo qual se pode passear e sentir-lhe os cheiros.
Manuel Jorge Marmelo, Notícias Magazine

Ao sétimo romance, Valter Hugo Mãe parte de um lugar de morte no Japão para construir uma parábola intemporal sobre a solidão. Homens Imprudentemente Poéticos é um livro trágico onde o escritor apresenta um apurado trabalho de linguagem que o aproxima do seu lugar de origem: a poesia.
Isabel Lucas, Público

Surpreendente na reinvenção da língua portuguesa, no tema e cenário (…) este novo romance do autor é – mais uma vez – tão diferente que o torna uma das mais importantes vozes da literatura nacional (…). Aliás, se já o tinha conseguido com a máquina de fazer espanhóis, por exemplo; se subira um grande degrau na busca e execução do romance que tem como cenário a Islândia, A Desumanização, volta a realizar uma escrita inesperada nesta narrativa japonesa, onde transporta o leitor de uma forma elegante e íntima para aquela parte do mundo sem o fazer passar por um voyeur de costumes.
João Céu e Silva, Diário de Notícias

Homens imprudentemente poéticos, retrato de um Japão antigo, temeroso de forças sobrenaturais e obediente às lendas, é, de alguma forma, atravessado por referências místicas: fala-se em luz, revelações, penitências, epifanias (sobretudo num memorável capítulo passado dentro de um poço fundo, Itaro com um animal desconhecido a ofegar-lhe ao pescoço…).
Sílvia Souto Cunha, Visão

De ilha em ilha, de cultura em cultura, de descoberta em descoberta. Assim tem crescido a sua ficção mais recente, que de uma portugalidade inicial procura agora novas (e opostas) formas de encarar o mundo, a vida e a arte.
Luís Ricardo Duarte, Jornal de Letras

A explosão de lirismo patente em A Desumanização se prolonga com inexcedível brilho em Homens imprudentemente poéticos, envolvendo, inclusivamente, o próprio título. (…) Assim designaríamos o estilo de Homens imprudentemente poéticos – poético, suave, encantatório, ou, numa palavra, lírico. (…) Homens imprudentemente poéticos comprova que ler hoje Valter Hugo Mãe é um raro exercício da prática de beleza e que a sua destreza psicológica em descrever estados de consciência (tristeza, riso, medo, assombro e mistério, doçura e crueldade, paixão e amor, dor psíquica e sofrimento físico…) é tão sólida quanto a da metamorfose do português comum em português estético. Impossível escrever melhor (…).
Miguel Real, Jornal de Letras

“Este é um livro de uma beleza radiosa. Como arte de descrever sentimentos que, escondidos na sombra, precisam de ser iluminados.”
Fernando Sobral, Jornal de Negócios

Um dos aspetos em que VHM se distingue, para lá do multiforme talento constituindo uma das razões da diferença e do impacto de muitos textos seus, é na capacidade de compreensão da diversidade, mais, de admiração pelos outros e pelo que fazem. E, mais ainda, o seu gosto de a mar, proclamar, abertamente, sem submissão a quaisquer cálculos ou conveniências. O que, ao contrário do que muitos poderão pensar, não é tão frequente como isso…
José Carlos de Vasconcelos, Jornal de Letras

Uma luminosa parábola que fica a reverberar muito tempo depois.
José Tolentino Mendonça

As fascinantes personagens deste romance vivem num Japão que é ao mesmo tempo mitológico e íntimo, criado pela imaginação prodigiosa e profundamente poética do autor.
Richard Zimler

Pasmo com a facilidade com que Valter Hugo Mãe transmuta a língua portuguesa (e não me refiro apenas a o remorso de baltazar serapião), como lhe imprime uma elasticidade de que a julgávamos desprovida, encontrando-lhe novos ritmos, inventando-lhe novas imagens, produzindo-lhe toda uma outra semântica.
Adolfo Luxúria Canibal