Descrição
Todos os dias são setembro
e os dedos precários e transitórios
são gestos nados do nada
e logo mortos.Encostada na tarde das memórias
chamo o rebanho disperso em vendavais.
Minha flauta perdida, a voz se esvai em ecos.
Nada regressa.
Mas tudo assoma vigilante
para ver-me
encostada nos dias
de um único setembro
infindavelmente
longo e lento.